O preconceito ataca mais uma vez e novamente com banana, desta vez na Itália

O zagueiro Kevin Constant, de branco, mostra a banana atirada em campo Foto: Olivier Morin / AFP
O preconceito, simbolizado por uma banana, apareceu em campo de novo em uma partida de futebol na manhã deste domingo. Desta vez, foi no jogo entre Milan e Atalanta, no Estádio Atleti Azzurri d’Italia, EM Bérgamo, na Itália. As frutas foram atiradas no gramado, por torcedores, durante a partida válida pela série A do Campeonato Italiano.
O jogador guineano Kévin Constant, do Milan, não teve a mesma presença de espírito de Daniel Alves, que em outro episódio comeu a fruta, mas não deixou passar em branco. Ele pegou uma das bananas e mostrou para o árbitro. Os jogadores Nigel De Jong e PhilippeMexes aplaudiram, provavelmente de forma irônica, os torcedores.
A partida acabou em 2 a 1 para o Atalanta. Todos os gols saíram no segundo tempo. Aos 6 minutos da etapa complementar, Bellini fez um gol contra. Menos de 20 minutos depois, veio o empate do Atalanta, com um gol de pênalti do argentino Germán Gustavo. O gol da vitória veio aos 50 minutos do segundo tempo, com um gol de Brienza. Com esse resultado, as chances do Milan de disputar a Liga Europa na próxima temporada acabaram. Enquanto o Milan está na 9ª posição, com 54 pontos, o líder Juventus soma 96 no Campeonato Italiano.
O técnico da equipe, Seedorf, vem sendo criticado pela sua atuação no comando da equipe do norte da Itália. Ele chegou a receber críticas de Silvio Berlusconi, ex-premier italiano, e dono da equipe. Na ocasião, o ex-jogador do Botafogo pediu respeito. Agora, depois de perder a partida, ele disse que está com a “consciência limpa”, segundo o site Football Italia. Ele admitiu ter sido uma dura derrota, “já que viemos aqui para ganhar”. “Fomos bem no segundo tempo, mas o gol do Franco Brienza foi belíssimo. Um minuto antes nós quase marcamos com Balotelli e merecemos fazer um segundo gol”, disse. “Esse resultado é uma vergonha, mas nós temos que esperar e ver o que acontece entre Torino e Parma. Meus rapazes deram o máximo e eu não posso pedir mais”. Sobre o ato de racismo, ele disse que apenas “poderia cumprimentar meus rapazes porque eles continuaram jogando. Não preciso comentar o resto. Constant e seus companheiros de equipe reagiram da melhor forma possível continuando seu trabalho”.
Fonte: extra