Em 2017, 110 juízes brasileiros foram ameaçados por exercer função, segundo CNJ

Segundo pesquisa divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 110 juízes de 30 diferentes tribunais receberam ameaças devido à atuação profissional no Brasil em 2017. De acordo com as informações, o levantamento foi feito com base em questionários aplicados entre os meses de setembro e novembro em todo o país. O prognóstico foi feito após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter lançado um edital de licitação, na semana passada, para contratar sete vigilantes armados que deverão reforçar a segurança do ministro Edson Fachin e de seus familiares em Curitiba, onde possui residência. Segundo o informado, a medida foi tomada após Fachin, que é relator da Operação Lava Jato no STF, terdito, em entrevista concedida em março ao canal Globonews, que recebeu ameaças à sua integridade física.
Do total, a maior parte dos magistrados ameaçados atuam na primeira instância (95%) e na Justiça dos estados (97%), onde geralmente são julgados casos de crimes comuns. Em seguida vem a Justiça do Trabalho, em que foram identificados sete juízes sob ameaça.
Ainda de acordo com as informações, em 45% dos casos registrados, foi implementado algum tipo de aumento de segurança nos fóruns em que atuam os juízes. Ao todo, 34 juízes utilizam carro blindado e sete andam com coletes à prova de balas. Entre os ameaçados, 38 juízes recebem escolta total, sendo acompanhados 24 horas por dia por policiais, sejam civis, federais ou militares.
*Com Informações – Agência Brasil