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Teste para 2014: Arena PE ainda precisa melhorar para a Copa de 2014


Teste para 2014: Arena PE ainda precisa melhorar para a Copa de 2014

Header_TESTE-PARA-2014_ARENA-PERNAMBUCO (Foto: Infoesporte)

Espanha x Uruguai (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Público reclamou bastante de problemas na Arena
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

A Arena Pernambuco foi o último estádio finalizado para a Copa das Confederações. Nos últimos meses antes da inauguração, muitos duvidaram que as obras terminassem a tempo de o local ser uma das sedes. Do ponto de vista estético e do conforto nas arquibancadas, a espera valeu a pena: o conjunto arquitetônico e o campo são de encher os olhos de pernambucanos e turistas: no entanto, assim como o Mané Garrincha, que recebeu o jogo entre Brasil e Japão no último sábado, o estádio precisa de melhorias para garantir a satisfação dos torcedores.

Pelo que foi apresentado neste domingo, durante a vitória por 2 a 1 da Espanha sobre o Uruguai, pode-se dizer que a Arena Pernambuco é aquele aluno esforçado que passa de ano, mas precisa se empenhar mais. Alguns problemas ocorridos na inauguração do estádio, no jogo entre Náutico x Sporting-POR, se repetiram. Outros ganharam dimensões ainda maiores devido à grandiosidade do evento. A chuva, constante antes da partida, também contribuiu para complicar a vida dos torcedores.

Ponto de ônibus Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Pontos de ônibus lotados prejudicaram a ida
dos torcedores ao estádio (Foto: Franco Benites)

Os problemas para os torcedores começaram ainda no caminho para a Arena Pernambuco. Metrôs e ônibus lotados incomodoram quem deixou para ir ao estádio mais perto da hora do jogo. O trajeto entre a plataforma Recife, no centro da cidade, e a plataforma Cosme Damião, ponto mais próximo do local da partida demorou pouco mais de 30 minutos. De lá, ainda era preciso pegar um ônibus, descer numa outra estação e caminhar cerca de dois quilômetros para então chegar ao destino final.

Quem optou por fazer este percurso mais cedo enfrentou outros dois problemas. O abrigo no ponto final não foi suficiente para dar conta de todos os torcedores que chegavam de ônibus, assim houve quem ficasse sob chuva.

Lama Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Lama foi mais um obstáculo para os torcedores na
Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)

– O ônibus deveria deixar mais perto do estádio. Vamos andar um pouco e, ainda por cima, debaixo de chuva. Pelo menos em situações como essa deveria haver transporte para mais perto – destacou o médico Darley Castro.

Próximo à Arena foi preciso driblar a lama em algumas áreas. Após vencer esses obstáculos, os torcedores que chegaram cedo ao estádio se depararam com os portões fechados. Aos gritos, um grupo pediu a abertura dos portões, mas não foi atendido. Os espectadores só puderam entrar às 16h – um dos acessos teve o seu cadeado arrombado para os torcedores poderem entrar, uma vez que a chave para abri-lo havia sido perdida.

Um outro incidente foi registrado pela equipe do GLOBOESPORTE.COM. O engenheiro civil Ricardo Carvalho foi barrado numa das bilheterias e questionou a organização do evento.

– O meu ingresso não passou no leitor eletrônico. Os voluntários não sabem informar. Alguns me dizem para procurar tal setor, e outros confessaram que não sabem que resposta me dar – disse, desolado, sem saber se iria conseguir ver o jogo.

Torcida impedida de entrar Arena Pernambuco (Foto: Victor Canedo)
Com portão fechado, torcedores não conseguiam entrar em um dos setores (Foto: Victor Canedo)

Atendimento nos bares irrita torcedor

Torcedor bar Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Torcedores reclamaram da falta de produtos, além
dos preços nos bares (Foto: Franco Benites)

Os torcedores elogiaram bastante a beleza e o conforto da Arena, mas criticaram na mesma medida a organização do evento quanto à disponibilidade de alimentos. Antes mesmo de o jogo começar, o cachorro-quente acabou. Para comer, sobraram apenas chocolates – após o intervalo, sacos de amendoins e de batata frita apareceram nas lanchonetes. Mas para matar a fome era preciso enfrentar filas enormes e perder uma parte do jogo. Muitos ficaram na bronca.

– Só vi o primeiro gol da Espanha e perdi o resto do jogo. Subi aqui para comprar um lanche e fiquei na fila. O mais absurdo é que pedi a nota fiscal e não me deram. Em um evento desse porte, não pode haver coisas desse tipo. Paguei caro para estar aqui se contabilizar os R$ 40 do estacionamento e o valor do ingresso – disse o funcionário público Daniel Vieira de Melo.

Outra grande reclamação foi quanto ao preço cobrado pelos produtos. Quem quisesse comer um cachorro-quente, enquanto ainda não havia disponibilidade, precisava desembolsar R$ 8. Do lado de fora do estádio, as únicas alternativas eram os ambulantes cadastrados pela organização do evento.

– Aproveitamos para beber cerveja e refrigerante fora porque sabíamos que aqui dentro era tudo muito caro – destacou o engenheiro Levi Castro, que foi ao jogo acompanhado do pai.

Fila bebida e comida Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Demora no atendimento para comprar bebida e comida irritou os torcedores (Foto: Franco Benites)

Torcedor não acha assento e bola some

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM não encontrou torcedores que compraram ingresso para um setor mais caro e foram deslocados para uma área mais distante do campo de jogo. Em compensação, houve quem tenha ficado sem assento. O representante comercial Bruno Bastos não encontrou o lugar marcado no ingresso.

– Não encontrei a cadeira 41 e vou ter que ver o jogo aqui do lance da arquibancada. Mas não tem problema, pois hoje é um dia de festa – disse, bem-humorado.

torcedor sem assento Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Sem encontrar o lugar, torcedor assistiu a partida de um lance da arquibancada (Foto: Franco Benites)

Chamou a atenção também o fato de o setor dos ingressos mais baratos, na área superior, ficar protegida da chuva. Quem pagou mais caro ficou num local descoberto quando começou a chover, por isso alguns torcedores abriram mão do assento e foram ver o jogo em pé, perto da área VIP.

– Não vim preparada para chuva. Aqui estou em pé, mas pelo menos não voltarei para casa com um banho que não estava nos meus planos – contou a médica Andressa Lucena, que em nenhum momento teve a atenção chamada pelos seguranças contratados pelo evento.

Alguns dos seguranças, aliás, estavam sentados e mais atentos ao jogo do que ao que se passava ao redor. Já nos acréscimentos da partida, um lance inusitado. A bola foi parar nas arquibancadas e demorou pelo menos três minutos para que o segurança aparecesse para recolocá-la em campo. A demora fez a festa dos torcedores, que aproveitaram para tirar fotos com a Cafusa.

Torcedores em pé Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Para fugir da chuva, torcedores assistem a partida em pé na Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)

A maior parte desses sortudos, porém, só pôde compartilhar o registro com os amigos nas redes sociais após deixar o campo. A conexão oscilou bastante durante a partida, e poucos conseguiram acessar sites e seus perfis na internet.

Cadeirantes elogiam estrutura e voluntários

cadeirante Arena Pernambuco (Foto: Franco Benites)
Cadeirantes elogiaram a estrutura e ajuda dos
dos funcionários na Arena (Foto: Franco Benites)

No início e no fim do jogo, o locutor da Arena Pernambuco pediu aplausos para os voluntários. No entanto, eles foram alvo de muitas críticas por parte dos torcedores. A reportagem do GLOBOESPORTE.COM fez um teste e perguntou como chegava ao centro de mídia do evento, mas só obteve a reposta correta na oitava tentativa.

Mas nem todos acharam ruim o tratamento recebido na Arena Pernambuco. Os cadeirantes elogiaram bastante a estrutura montada e contaram com a ajuda dos voluntários para chegar até a sua área dentro do estádio.

– Fui muito bem tratada. A van nos deixou em frente à arena, e um voluntário, bastante atencioso, estava dando suporte – disse a aposentada Evane Leal, 74 anos.

Saída do estádio também apresenta problemas

Saída Arena Pernambuco (Foto: Elto de Castro)
Na saída da partida, muito tumulto para conseguir
um espaço nos ônibus (Foto: Elton de Castro)

Após a partida, milhares de pessoas se aglomeraram na parada dos ônibus que levavam os torcedores até a estação de metrô Cosme e Damião. Aproveitando a falta de fiscalização, boa parte do público não respeitou o local indicado para subir no ônibus, provocando um imenso tumulto.

Revoltados por não conseguirem entrar nos ônibus, que chegavam lotados nos pontos de parada, os torcedores que estavam no fim da fila, que tinha cerca de 500 metros, passaram a tentar abrir espaço com empurrões. A confusão fez com que um grupo de policiais fosse deslocado para o local. Ao tentar conter o tumulto, a polícia acabou intensificando o clima de tensão.

Algumas grades que serviam para traçar o caminho dos pedestres foram derrubadas. Com o reforço do Batalhão de Choque, a confusão foi dissipada. Chateado com o problema, um policial que preferiu não se identificar fez críticas à organização do evento.

– A Fifa não queria a nossa presença nessa competição, mas quando a coisa aperta eles chamam.

Os problemas de quem pegou metrô, transporte indicado pelo poder público como recomendável para chegar ao local, não foram vistos no acesso ao estacionamento pago, que tem capacidade para dois mil carros. Em pouco mais de 30 minutos, poucas pessoas esperavam pelo ônibus que levava ao local.

Fonte: globoesporte


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