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Brasil bate o Japão e conquista o Bi da Copa dos Campeões


Brasil bate o Japão e conquista o Bi da Copa dos Campeões

Seleção brasileira feminina comemora o título da Copa dos Campeões após derrotar o Japão (Foto: Reuters)

Os dez mil torcedores japoneses que lotavam o Tokyo Metropolitan Gymnasium neste domingo bem que tentavam empurrar o Japão na busca pelo título da Copa dos Campeões. Por um momento, pareceu até que conseguiriam. Mas, quando o técnico o José Roberto Guimarães precisou, o banco da seleção brasileira feminina segurou a bronca e a líbero Camila Brait apareceu bem. Com o time mais tranquilo, Sheilla e Fernanda Garay puderam enfim brilhar e garantir o bicampeonato da Copa dos Campeões com uma vitória por 3 sets a 0 (29/27, 25/14 e 25/18). O Japão acabou ficando com a terceira colocação do torneio, com os Estados Unidos conquistando a prata.

Com apenas uma derrota na temporada, o Brasil chega à sua quinta conquista no ano. Antes, a seleção venceu os torneios de Montreux, Alassio, o Grand Prix e o Sul-Americano. Além disso, as brasileiras se tornaram as primeiras bicampeãs da Copa dos Campeões, somando o título deste domingo ao de 2005.

– A gente cumpriu nosso papel direitinho, conseguiu manter o nível sempre. Tanto que ganhamos todos os títulos que disputamos. Esse jogo foi muito difícil. O primeiro set foi dureza. Hoje foi muito cansativo, mas a gente falou que tinha que dar o máximo para ganhar esse título – afirmou Sheilla em entrevista ao SporTV.
Sheilla vôlei Brasil x Japão (Foto: FIVB)
Sheilla foi escolhida a melhor em quadra na partida decisiva (Foto: FIVB)

Sheilla foi eleita a melhor em quadra, com 14 pontos marcados (11 de ataque e dois em saques) e uma atuação decisiva. Fernanda Garay foi a maior pontuadora em quadra, com 16 pontos  (11 em ataques e cinco em bloqueios).

– A felicidade é grande por tudo aquilo que aconteceu neste campeonato e durante este ano. Tivemos um ano quase perfeito. Temos que levantar as mãos para o céu e agradecer por tudo. Graças a Deus conseguimos esse título. Foi muito importante para essas jogadoras que estavam aqui – disse José Roberto Guimarães.

O jogo

A partida começou bem complicada para o Brasil. Precisando vencer por 3 a 0 ou 3 a 1, o Japão entrou em quadra com tudo e, empurrado por sua torcida, teve um grande início de jogo. A baixinha Nakamichi, levantadora de 1,59m, fez estrago no saque e, após dois erros de Natália na recepção, as anfitriãs abriram 6/1.

A seleção brasileira seguia tendo dificuldades, e a mão de Zé Roberto fez a diferença. Primeiro, Carol Gattaz entrou no lugar de Adenízia e não saiu mais da partida. Mas o momento da reação foi quando Monique e Claudinha entraram na inversão. Quatro pontos atrás antes da substituição, o Brasil voltou ao jogo e conseguiu virar o duelo em uma pancada de Natália (19/18). As japonesas seguiam endurecendo o confronto e chegaram a ter dois set points, mas as brasileiras tiveram tranquilidade, jogaram a pressão para o outro lado e conseguiram vencer o primeiro set por 29/27 em erro de ataque japonês.

Camila Brait vôlei Brasil x Japão (Foto: FIVB)
Um dos destaques da vitória brasileira, a líbero Camila Brait se esforça para fazer uma defesa (Foto: FIVB)

Depois de um primeiro set complicado, o Brasil passou a dominar o jogo. Precisando de apenas mais um set para ser campeã, a seleção se acertou em quadra. O bloqueio funcionava, Camila Brait defendia muito, e Sheilla e Fernanda Garay se destacavam no ataque. Natália conseguiu uma sequência muito boa no saque, o Japão sentia pressão, e as brasileiras conseguiram abrir dez pontos de vantagem (21/11). O título virou questão de tempo, e veio em ataque de Garay, que fez 25/14, abriu 2 sets a 0 e confirmou a conquista verde-amarela antes mesmo do fim da partida.

Com o título garantido, o terceiro set poderia ter sido apenas uma formalidade para o Brasil. Mas José Roberto Guimarães não deixou que fosse, cobrando de suas jogadoras sempre que elas ameaçavam se desconcentrar. O Japão ainda lutava pela medalha de prata, mas o time da casa não conseguia mais se encontrar. Bloqueando bem, a seleção brasileira foi se distanciando e, quando fez 25/18, pôde enfim comemorar o título da Copa dos Campeões.

Fonte: globoesporte


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