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Com direito a virada, Costa do Marfim de Drogba vence o Japão de Honda


Com direito a virada, Costa do Marfim de Drogba vence o Japão de Honda

Monstro: Com quatro minutos de Drogba em campo, os africanos viraram o jogo / Foto: Getty Images

O Japão estreou na Copa de 2014 com ares de 2010 mas no fim das contas repetiu 2006. O início da partida debaixo de chuva na Arena Pernambuco deu esperanças ao torcedor nipônico, que comemorou aos 16 minutos o gol de Honda – dentro da área, ele recebeu de Nagatomo e tirou o marcador apenas com o domínio, antes de chutar forte, no alto do gol defendido por Barry. Em 2010, também foi de Honda o primeiro gol japonês na Copa, também contra um africano (na ocasião, vitória contra Camarões por 1×0). A Costa do Marfim fez um primeiro tempo melhor e criou mais chances, mas o Japão também teve boas oportunidades, especialmente com Honda e Uchida.

Dois ataques potentes (que desperdiçaram várias chances) contra duas defesas frágeis. Os Samurais Azuis davam espaço e passavam sufoco. Os Elefantes erravam na saída de bola e quase entregaram o ouro quando pressionados. Mas o Japão não fazia seu costumeiro jogo de toque de bola. Livrava-se dela ao invés de mantê-la. Encolheu e estreitou demais as linhas, dando muito campo ao adversário. Parecia que Zaccheroni queria segurar o 1×0. Como se ele não conhecesse a própria defesa que nunca conseguiu arrumar em quase quatro anos de trabalho.

O italiano até surpreendeu ao fazer mudanças na escalação, contrariando seu (às vezes excessivo) conservadorismo. Morishige, em melhor fase que Konno, ganhou a posição ao lado de Yoshida na zaga. No ataque, Osako foi a opção no lugar de Kakitani. Mas abdicar do seu estilo de jogo e confiar em uma defesa que não sofreu gol apenas duas vezes nos últimos 17 jogos era uma aposta arriscada demais. Bastou Drogba entrar em campo para tudo ser posto a perder.

As duas principais estrelas da Costa do Marfim, Yaya Touré e Drogba, estavam sem as condições físicas ideais e eram dúvida para o jogo. O capitão Yaya começou a partida mas provou que, de fato, não está 100%. Drogba entrou apenas no minuto 62, no lugar do volante Serey Die. Mas com ele em campo a história foi diferente. No minuto 66, os Elefantes já tinham virado o jogo. Drogba não participou diretamente dos gols, mas apenas a presença dele deixou a defesa japonesa perdida e mudou completamente a partida. Foram dois cruzamentos certeiros de Aurier, o melhor em campo, pelo lado direito. Primeiro para Bony e depois Gervinho – os dois haviam perdido chances claras antes.

O Japão não teve forças para reagir. Quase não ameaçou Barry no resto da partida. Honda, de longe o melhor jogador do primeiro tempo, errava passes simples no segundo. Kagawa, que jogou bem nos últimos amistosos, estava irreconhecível. Nenhum dos substitutos – Endo, Okubo e Kakitani – teve impacto no jogo. Os dois últimos quase não tocaram na bola.

O jogo-chave era este. Zaccheroni tinha três pontos nas mãos, mas apostou nas cartas mais fracas e saiu sem nada. O roteiro do desastre está desenhado. Em 2006, o Japão chegou à Copa com a expectativa de uma grande participação com sua chamada “geração de ouro” comandada por Hidetoshi Nakata, Shunsuke Nakamura e Shinji Ono. Começou bem na estreia contra a Austrália mas perdeu de virada com três gols sofridos nos minutos finais. Em seguida, empatou sem gols com a Croácia e perdeu, novamente de virada, na última rodada para o Brasil (4×1).

Resultados que facilmente podem se repetir no Brasil se o time de Zaccheroni manter a mesma postura. Não há motivo para mudar o estilo de jogo. O Japão é toque de bola, é jogo cadenciado, tabelas, triangulações. É jogando no ataque que esse time ficou invicto nos últimos seis amistosos e deu um calor em seleções como Bélgica e Holanda. A defesa é fraca e não foi consertada em quatro anos, todos já sabem que não se pode contar com ela para ganhar jogos. Quem resolve está lá na frente. Se eles não aparecerem contra os gregos, esta será mais uma grande geração a fracassar em Copas.

Fonte: globoesporte


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