Dois homens foram condenados nesta terça-feira (8) em Carpina, por um homicídio ocorrido no ano de 2015 no município, que vitimou José Gilson Miguel da Cruz. O julgamento que iniciou pela manhã, se estendendo até o final da tarde, terminou com o Conselho de Sentença, formado por 7 jurados, votando favorável à condenação dos denunciados. O juiz Drº Rildo Vieira Silva aplicou ao réu Elias José da Silva Junior, uma pena de 19 anos de reclusão, por ser o executor do crime, enquanto que o outro réu, Alisson Rafael de Souza, que teve participação, recebeu pena de 17 anos de reclusão. Ambos iniciam o cumprimento na Penitenciária Drº Ênio Pessoa Guerra em Limoeiro, em regime fechado. Após o término do júri, a defesa informou que irá recorrer da decisão.

O Crime

A denúncia apresentada pelo Ministério Público para o julgamento, dizia que o réu Elias José da Silva Junior, teria matado com disparos de arma de fogo, a vítima José Gilson Miguel da Cruz, conhecido como “Coité”, com a ajuda do outro réu, Alisson Rafael de Souza, que teria dado apoio moral e possibilitado a fuga numa bicicleta. Ainda de acordo com o MP, ambos os réus teriam raiva da vítima, por suspeitarem que estariam sendo denunciados quando traficavam droga e consumiam maconha na residência de um deles. Eles então fizeram a emboscada na madrugada do dia 16 de agosto de 2015, ceifando a vida da vítima, que costumava caminhar neste período.

Ainda de acordo com o MP, o revólver usado na ação foi ocultado pela dupla na casa de um terceiro indivíduo, que não será julgado nesta terça( 8), e o réu Elias em várias ligações telefônicas interceptadas, confessa a autoria do crime.

O Julgamento

Durante debates do júri que ocorreu nesta terça (8), a promotoria composta pela advogada, Drª Ana Cláudia, solicitou durante a tese que os réus não somente fossem condenados, como fosse elevado o crime para “Homicídio Duplamente Qualificado”, relatando que a dupla participou de maneira efetivado assassinato. Por outro lado, a defesa feita pela advogada Draª  Ana Arruda, pediu que a condenação fosse feita na forma de “homicídio Simples” para o réu EliasJosé, e pediu absolvição para o réu Alisson Rafael.

No final dos debates que tiveram réplica e tréplica, o Conselho de Sentença que foi composto por 7 jurados, sendo cinco mulheres e dois homens, foi favorável à condenação.