A Polícia Federal está alertando a população contra um possível novo “desafio perigoso”, que estaria viralizando na internet. Denominado de Desafio “Bird Box”, que na tradução seria “Caixa de Pássaros”, a ação mostra em vídeos postados, diversos internautas tentando realizar tarefas cotidianas com os olhos vendados, como se vivessem no mundo fictício do filme onde criaturas misteriosas invadem a terra, levando todos que olham para elas a enlouquecer e cometer suicídio.

De acordo com a PF, o desafio consiste em fazer tarefas e/ou missões com os olhos vendados como os personagens do filme. A atividade que parece simples e inocente, estaria fazendo as pessoas perderem a noção, fazendo coisas realmente perigosas, como atravessar a rua correndo o risco de serem atropeladas ou cair num buraco, andar pela casa correndo o risco de bater a cabeça nos móveis ou nas paredes provocando traumatismos cranianos ou quebra de pernas e braços ou até mesmo cair de determinadas alturas.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a ação seria baseada em um filme estrelado pela atriz Sandra Bullock, exibido em dezembro de 2018, com grandes audiências. De acordo com a PF, a situação fez com que a própria Netflix, provedora global de filmes e séries de televisão via streamin, divulgasse uma nota desencorajando as pessoas que receberem o suposto desafio, de fazê-lo.

A Polícia Federal enviou uma nota à imprensa, pedindo apoio na divulgação, para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos e os orientem sobre os perigos de seguir desafios instigados por séries ou filmes.

“..Os pais como sempre devem redobrar a atenção e estar atentos ao que os filhos estão fazendo ou sendo encorajados por terceiros para praticar tais desafios com o objetivo de evitar tragédias ou acidentes que coloquem em risco a vida de seus familiares, principalmente crianças. No Youtube já tem inclusive vários vídeos com adolescentes brasileiros realizando tais desafios. Dependendo da situação quem incentiva ou induz tais práticas poderá ser responsabilizado por lesão corporal grave ou seguida de morte com penas que podem variar de 1 até 12 anos de reclusão”, destaca trecho final da nota.