A Polícia Federal em Pernambuco cumpriu, na última segunda-feira (3), dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Lagoa do Carro e Palmares, como parte de uma operação que visa desarticular um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A investigação aponta que os suspeitos utilizaram documentos falsos para simular relações familiares e óbitos com o objetivo de obter pensões por morte de forma indevida. O prejuízo estimado aos cofres públicos pode ultrapassar R$ 1 milhão.

De acordo com a Delegacia de Combate a Crimes Previdenciários (Deleprev), os investigados, um homem e uma mulher, que são irmãos, teriam criado identidades fictícias para forjar casamentos, nascimentos de filhos e, posteriormente, as supostas mortes dos cônjuges, gerando ilegalmente o direito ao benefício previdenciário.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos e um veículo, que pode ter sido adquirido com recursos obtidos por meio das fraudes. As investigações também revelaram que um dos alvos já havia sido indiciado anteriormente pela Polícia Federal por fraudes no recebimento do auxílio emergencial, também utilizando documentos falsificados.

A suspeita das irregularidades surgiu a partir de uma denúncia feita à Polícia Civil de Pernambuco em 2021. Desde então, o caso passou a ser acompanhado pela Polícia Federal, com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária. As diligências resultaram na coleta de provas que sustentam a prática de crimes contra a Previdência Social.

Os investigados poderão responder por estelionato contra órgão público, previsto no artigo 171, § 3º do Código Penal Brasileiro, cuja pena varia de 1 a 8 anos de reclusão, além de multa. As apurações continuam para identificar possíveis outros envolvidos e aprofundar a extensão do prejuízo causado aos cofres públicos.

O chefe de comunicação da Polícia Federal, Giovanni Santoro fez um pronunciamento sobre a ação policial e a investigação, confira: