Carpina lança programa pioneiro de IA para educação inclusiva
Na última quarta-feira (19), foi realizado o lançamento do Programa TEIA (Trabalhando Educação Inclusiva e Acolhedora), primeira iniciativa do tipo em Pernambuco a usar Inteligência Artificial na educação inclusiva, pela prefeitura de Carpina por meio da secretaria municipal de educação.
O projeto atenderá inicialmente 130 alunos de escolas e creches do município, aplicando um método psicopedagógico desenvolvido pela empresa COGNVOX. O sistema analisa interações dos estudantes, permitindo aos psicólogos e professores criar práticas pedagógicas personalizadas, incluindo atividades manuais, dramatizações, jogos e exercícios virtuais.
O objetivo do programa é promover desenvolvimento cognitivo, social e acadêmico de crianças neurodivergentes, com expectativa de ampliar o atendimento para outras instituições ao longo do tempo.
“Esse projeto foi muito sonhado, porque a gente sabia que seria o início de uma revolução em Carpina. Vamos começar com 130 famílias contempladas, mas o nosso objetivo é ampliar. Temos um número grande de crianças neurodivergentes, então é primordial a gestão estar preparada e capacitada para ajudar essas famílias. Somos a primeira cidade de Pernambuco e isso muito me orgulha, muito me honra, porque mostra que Carpina está sempre à frente, pensando no melhor para o nosso povo”, discursou a prefeita de Carpina Eduarda Gouveia.
A secretária de Educação Rosejara Ramos falou sobre a importância da iniciativa: “Esse projeto está vindo para o município para trazer dignidade para as nossas crianças neurodivergentes e, sobretudo, dizer para as mães dessas crianças que a prefeitura de Carpina acolhe e se faz presente. O que a gente mais escuta dessas mães é gritos de dor, de desalento, de abandono. Então, o que Carpina está fazendo é pegar nas mãos dessas famílias e dizer que o governo municipal se faz presente”.
O Deputado Estadual Gustavo Gouveia também marcou presença: “Esse projeto se encaixou como uma luva em tudo que Eduarda pensava e pensa para as mães atípicas. O mundo passa por essa dificuldade, mas Carpina está fazendo a sua parte para ajudar, principalmente, as mães que estão precisando desse atendimento e acolhimento. Sabemos da dificuldade não só da criança, mas da família. É muito bom ver Carpina sendo pioneira! Tem muito mais pelos próximos anos para melhorar essa realidade”, afirmou o deputado.
Georgia Feitosa, gerente pedagógica da COGNVOX, explica um pouco sobre como o método funciona na prática: “Os estudantes são expostos a um storyboard que vai fazer com que eles construam uma narrativa. Na medida que essa narrativa é construída, são criados padrões comunicacionais. Todo esse processo é videografado e encaminhado para psicólogos. Os psicólogos fazem análise interacional de gestos e falas e divide tudo em frames, em pedacinhos curtinhos. A partir disso, é feito um perfil desse estudante, indicando práticas pedagógicas inclusivas junto com a IA, incluindo atividades manuais, dramatizações, atividades virtuais, jogos, histórias, livros e músicas”, explicou.
O lançamento contou com a presença de gestores escolares, professores, famílias e autoridades municipais e estaduais.












