Foto: Janaína Pepeu/Secom

Pernambuco deu um passo histórico rumo à universalização do saneamento básico com a realização, nesta quinta-feira (18), do leilão da concessão parcial dos serviços da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), realizado na Bolsa de Valores B3, em São Paulo. O certame superou as expectativas e garantiu R$ 23,2 bilhões em investimentos e outorgas para o Estado.

Sob a liderança da governadora Raquel Lyra, o projeto atraiu grandes grupos empresariais e resultou na vitória do Consórcio Pernambuco Saneamento e do grupo Pátria Investimentos. Juntas, as empresas vencedoras irão investir cerca de R$ 19 bilhões na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto. A Compesa continuará responsável pela produção e tratamento da água.

Além dos investimentos diretos, o leilão arrecadou R$ 4,2 bilhões em outorgas, recursos que serão destinados exclusivamente à universalização do saneamento e à infraestrutura dos municípios pernambucanos, com prioridade para ações de abastecimento de água.

“Hoje é um dia histórico para Pernambuco. Esse projeto foi construído com diálogo, responsabilidade e compromisso com a população. Garantir água na torneira é garantir dignidade, saúde e cidadania”, destacou a governadora Raquel Lyra, que acompanhou a cerimônia ao lado da vice-governadora Priscila Krause.

O leilão foi dividido em dois blocos. O primeiro, que engloba a Região Metropolitana do Recife, o Agreste e o Sertão do Pajeú, foi arrematado pelo Consórcio Pernambuco Saneamento, formado pelas empresas Acciona e BRK, com outorga de R$ 3,5 bilhões e investimentos estimados em R$ 15,4 bilhões, beneficiando 150 municípios e o arquipélago de Fernando de Noronha. Já o segundo bloco, que contempla 24 municípios do Sertão, foi vencido pelo grupo Pátria Investimentos, com outorga de R$ 720 milhões e previsão de R$ 2,9 bilhões em investimentos.

Os contratos terão duração de 35 anos e preveem ainda R$ 770 milhões adicionais para ampliação da capacidade de produção de água, elevando o total de investimentos para R$ 19,1 bilhões.

O projeto foi construído com amplo diálogo público, incluindo consultas, audiências, participação de prefeitos, lideranças regionais, Tribunal de Contas do Estado, Assembleia Legislativa e apoio técnico do BNDES. Ao todo, foram mais de mil contribuições incorporadas ao modelo final.

A iniciativa tem como objetivo cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento, que prevê, até 2033, 99% da população com acesso à água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto.

Autoridades estaduais, parlamentares, representantes do BNDES, da Compesa e dos grupos vencedores destacaram o impacto positivo da concessão, que deve gerar empregos, impulsionar investimentos e melhorar a qualidade de vida da população em todas as regiões do Estado.