Uma publicação intitulada “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil”, pela Fundação Abrinq, mostra que mais de 40% das crianças e adolescentes de até 14 anos, vivem em situação domiciliar de pobreza no Brasil. Os dados representam 17,3 milhões de jovens. Em relação àqueles em extrema pobreza, o número chega a 5,8 milhões de jovens, ou seja, 13,5%. Segundo as informações, o que caracteriza a população como pobres e extremamente pobres é o rendimento mensal domiciliar per capita de até meio e até um quarto de salário mínimo, respectivamente. Neste ponto, o Nordeste e o Norte continuam apresentando os piores cenários, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo na condição de pobreza, enquanto a média nacional é de 40,2%.

Ainda de acordo com as informações, o estudo relaciona indicadores sociais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o Brasil é signatário junto a outros 192 países. Entre as metas a serem batidas, está a relacionada à educação, mais especificamente ao acesso à creche e o cumprimento sobre a erradicação do trabalho infantil.