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Destino da Barragem de Bicopeba em Paudalho segue sem definição


Destino da Barragem de Bicopeba em Paudalho segue sem definiçãoFoto: Voz de Pernambuco

Uma reunião dos parlamentares da Comissão Especial dedicada à segurança das barragens em Pernambuco, foi realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na última terça-feira (30), para tratar sobre a Barrabem de Bicopeba, no município de Paudalho. Há um problema no local, já que o esvaziamento foi recomendado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), e esbarra num impasse entre os entes privados e públicos envolvidos na questão. Soluções foram apontadas, mas nenhum acordo foi feito.

Os membros do colegiado fizeram uma visita ao açude de Bicopeba, na última quinta (25). Segundo simulações realizadas por técnicos da Apac, um possível rompimento da barragem pode afetar a ponte da BR-408 sobre o Rio Goitá, próximo ao açude, e também o bairro de Tiúma, em São Lourenço do Mata. “Há uma erosão enorme no sangradouro da barragem. Não precisa ser técnico para ver que o reservatório tem problemas a serem sanados”, relatou o presidente do grupo, deputado Antônio Moraes (PP).

O presidente da Usina Petribú que é proprietária do terreno da barragem, Jorge Petribú, relatou que está realizando o esvaziamento do reservatório, seguindo a recomendação da Apac. “Estamos fazendo o procedimento de maneira mais lenta inicialmente, mas depois será acelerado com a colocação de mais uma  bomba”, relatou o empresário, também ressaltando que poderia ser responsabilizado civil e criminalmente por qualquer dano causado por um possível rompimento.

De acordo com as informações, há um problema porém, se a barragem secar. A fonte de abastecimento de água de cerca de 12 mil pessoas que vivem no distrito de Guadalajara, em Paudalho, será extinta. Neste caso, para Petribú, a alternativa seria a cessão, em comodato, do reservatório ao Governo do Estado ou à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). “Nesse modelo, há um aluguel, sem custo para o Governo, da minha propriedade, e aí eles poderiam fazer a captação até resolver se a barragem é viável ou não”, sugeriu o empresário.

Por fim, foi ainda levantada outra possibilidade, que seria continuar a captação da água para a comunidade de Guadalajara, após um esvaziamento parcial do reservatório, que seria apenas o suficiente para garantir a segurança do equipamento. Essa solução teve o apoio do presidente da Comissão, Antônio Moraes, e de outros deputados presentes na reunião, como Romero Sales Filho (PTB), Gustavo Gouveia (DEM), Clovis Paiva (PP) e Henrique Queiroz Filho (PR). A alternativa, porém, depende da realização de estudos técnicos que vão além dos que já foram contratados pela Usina Petribú para verificar a segurança estrutural de Bicopeba.

“Teríamos que contratar uma empresa, mas há um impedimento legal para isso, tendo em vista que o reservatório está numa área privada”, argumentou a diretora da Compesa presente na reunião, Simone Melo. O impasse da possível ilegalidade de intervenções do Governo no local também foi apontado pelo secretário-executivo de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Tarcísio Ribeiro, pelo representante da Defesa Civil estadual, Leonardo Santos, e pelo deputado Tony Gel (MDB). A Companhia tem um convênio com a Prefeitura de Paudalho, assinado em 2017, para ampliar a distribuição de água em Guadalajara a partir de Bicopeba ou outro reservatório, mas a previsão é que a empresa só possa operar na comunidade daqui a um ano.

Marcelo Gouveia, prefeito de Paudalho, mostrou preocupação com o abastecimento da comunidade sob sua jurisdição. O gestor também criticou a posição dos representantes da Compesa e do Governo do Estado em relação a Bicopeba. “Vemos o Poder Executivo se esquivando de suas responsabilidades. As obras para o sistema de distribuição em Guadalajara atrasaram um ano e meio, e já deveriam estar prontas”, afirmou o gestor municipal. “Temos a necessidade de recuperação na barragem, e observamos um jogo de empurra entre as entidades. Isso não é pensar no interesse de todos.”

“A gente lamenta que não tenha se chegado a um entendimento, e que isso possa colocar a vida de pessoas em risco”, declarou Antônio Moraes. “A nossa proposta é que seja feita uma nova reunião, dessa vez já com os laudos encomendado pela Usina Petribú sobre a segurança estrutural da barragem, que devem estar prontos na semana que vem”, finalizou. O objetivo, de acordo com ele, é que as partes envolvidas possam chegar a um entendimento, com foco no interesse da população. Confira as entrevistas exclusivas concedidas ao Voz de Pernambuco:



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